Um quinze de reais que ficou memorável para muitos brasileiros celebra 25 anos em 2025. Produzida pelo BC (Banco Central) em 2000 para celebrar os 500 anos da chegada dos portugueses ao país, a cédula se tornou um objeto de colecionador, podendo ter um valor 100 vezes maior.
O dinheiro que é a exclusiva da história do real feita com polímero foi chamada de “cédula de plástico”. Conforme o BC, a nota foi fabricada com material importado da Austrália. As dificuldades logísticas foram um dos motivos que levaram a nota a não ser adotada permanentemente.
No total, foram impressas 250 milhões de unidades pela casa da moeda nacional. Das 627 milhões de notas de quinze reais em circulação atualmente, apenas aproximadamente 3,5 milhões são de polímero.
O próprio Banco Central começou no ano anterior a retirar de circulação a nota de plástico, juntamente com as outras notas da primeira leva do real, produzidas entre 1994 e 2010. O BC destaca, entretanto, que as notas continuam válidas em todo o território nacional.
Com o ‘sumiço’, aumentou a curiosidade dos colecionadores pela nota peculiar. É viável encontrar a cédula sendo comercializada em sites de comércio eletrônico por valores que chegam a R$ 1.000.
Segundo Ademir Fernandes, colecionador responsável pelo site Moradia das Cédulas, a nota está ficando cada vez mais rara.

Lenda da nota que não se molhava
Marcelo Pires, um empreendedor de São Paulo, relatou à Revista Dinheiro ter pago um valor dez vezes mais alto que o valor nominal pois para ele a cédula carregava um grande valor sentimental.
Ele relembra que após o lançamento da nota espalhou-se o mito urbano de que o dinheiro não se molhava.
“Quando eu era criança, tinha um amigo que trabalhava em um lava-jato e recebia 15 reais por dia. Uma vez ele mostrou essa nota para mim e meu irmão, dissemos a ele de brincadeira que por ser de plástico o papel não se molhava. Convencemos ele a colocar a nota em um balde com água, a nota rasgou. Voltamos para casa e colocamos uma fita adesiva para que ele pudesse utilizar, lembro que naquela época 15 reais era muito dinheiro, ficamos bem assustados”, relata.
Anos mais tarde, ele conseguiu adquirir uma nota de plástico de um ex-professor de matemática. Ele conta que, a princípio, o professor não desejava vender e solicitou R$ 100 pela ‘recordação’, duvidando que Marcelo de fato faria a compra. Porém, ele comprou.
Os pormenores da cédula
Frente
A parte dianteira da nota contém a imagem de Pedro Álvares Cabral, navegador português que alcançou o Brasil em 22 de abril de 1500; o mapa “Terra Brasilis”, uma das primeiras representações do novo território; um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, documento inaugural a descrever particularidades do local e do seu povo; e uma rosa dos ventos, instrumento de orientação extraído da cartografia portuguesa do século XVI.
A direita do mapa, também estão representadas cinco embarcações da expedição de Cabral. Ao fundo, encontra-se uma composição de elementos decorativos de azulejos portugueses, linhas curvas e representações da Cruz da Ordem de Cristo, símbolo presente nas embarcações portuguesas da época.

Verso
A parte de trás contém uma versão estilizada do mapa do Brasil, formada por quadros, alguns deles contendo rostos típicos do povo brasileiro (índio, branco, negro e mestiço), representando uma característica marcante do Brasil atual: a diversidade étnica e cultural.
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Fonte: Bora investir