Agosto se inicia com as criptomoedas ampliando os prejuízos, depois de uma série de quedas mais suaves observadas ao longo da semana. O Bitcoin (BTC) ultrapassa o nível de US$ 118 mil, onde estava estável nos últimos dias, e é comercializado a US$ 115.105 nesta sexta-feira (1º), registrando uma queda de 2,8%. Em moeda nacional, a criptomoeda está sendo negociada a R$ 648.836, segundo informações do Portal do Bitcoin.
As perdas são ainda maiores nos gráficos de altcoins populares, como XRP e Solana (SOL), que diminuem mais de 7% nesta manhã, para US$ 2,94 e U$ 168, respectivamente. Ethereum (ETH) surge em seguida com uma desvalorização de 6% no dia, enquanto BNB cai 4,8%.
Todas as criptomoedas do top 100 estão no negativo hoje, com a exceção da Provenance Blockchain (HASH), que está na 96ª posição no ranking e apresenta pequenos ganhos de 0,4%.
Analistas consultados pelo Decrypt atribuem a atual retração do mercado a uma atmosfera mais cautelosa entre os investidores. Eles apontam que o mercado está se aproximando de um momento “crítico” devido ao excesso de alavancagem em altcoins, tornando-o suscetível a uma cascata de liquidações.
Dados da CoinGlass indicam que posições longas com alavancagem — ou seja, apostas na alta dos preços — têm sido sistematicamente encerradas, resultando em perdas diárias acima de US$ 250 milhões nos últimos cinco dias consecutivos. Somente hoje, o volume de liquidação de posições longas saltou para US$ 750 milhões.
As atuais estatísticas de mercado apontam para um “comportamento próximo do fim do ciclo”, indicando que as criptomoedas ainda enfrentarão pressões por um período antes de se recuperarem. Além disso, fatores externos, como as tarifas impostas por Trump, também estão tendo um impacto negativo no mercado.
“O Bitcoin já está sofrendo os efeitos adversos das tarifas, sendo negociado próximo aos US$ 115.000. O impacto imediato no preço tende a ser neutro a ligeiramente negativo, considerando o pessimismo nos mercados asiáticos e a valorização do dólar, que estão impondo resistência adicional à alta do BTC”, comenta André Franco, analista da Boost Research.
“Apesar disso, a estabilidade das commodities, os resultados positivos de algumas empresas de tecnologia e a liquidez global oferecem suporte, embora existam pressões macroeconômicas de curto prazo limitando esse suporte”, complementa.
Fonte: Portal do Bitcoin