O banco dos Estados Unidos JPMorgan apresentou na terça (5) um registro na SEC para emitir ADRs (American Depositary Receipts) da Méliuz na Bolsa de Valores americana.
No entanto, em conformidade com o que a empresa brasileira já havia divulgado, os ativos não serão transacionados nas principais bolsas, como NYSE ou Nasdaq, mas sim no mercado OTCQX, que representa o nível mais alto do mercado de balcão nos Estados Unidos.
, segundo os dados apresentados, é propor a emissão de até 50 milhões de ADRs, cada um correspondendo a duas ações ordinárias da Méliuz. Com o valor de cada certificado sendo de US$ 0,05, a estimativa total da operação é de até US$ 2,5 milhões.
Faz cerca de um mês que a Méliuz anunciou que estava nos estágios finais para listar suas ações nos Estados Unidos. Naquela época, a companhia explicou que não iria criar novos papéis e que essa listagem não impactaria as ações já em negociação no Brasil.
Isto se dá visto que os ADRs representam as ações, ou seja, um titular (neste caso o JPMorgan) precisa adquirir os ativos e mantê-los em custódia para poder negociá-los internacionalmente.
O oposto também acontece, com os chamados BDRs, que são recibos de ações de empresas estrangeiras negociados no Brasil, como é o caso da Apple, Microsoft, entre outras.
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De acordo com a Méliuz, a entrada no mercado norte-americano tem dois propósitos: reforçar a proximidade com investidores estrangeiros, aumentando a exposição de suas ações e possíveis transações financeiras na região; e impulsionar sua estratégia como Bitcoin Treasury Company, focada em ampliar a quantidade de Bitcoins por ação (Bitcoin Yield positivo) ao longo do tempo.
Estratégia com Bitcoin
A Méliuz chamou atenção em março ao declarar que adotaria uma estratégia de tesouraria comprando Bitcoin e obtendo 45 unidades da criptomoeda.
Posteriormente, nos meses de maio e junho, a empresa expandiu seu programa, além de submeter à aprovação dos acionistas a proposta de aumentar a reserva de caixa em BTC. Com isso, passou a deter 596 bitcoins, tornando-se a maior detentora da criptomoeda na América Latina entre as empresas de capital aberto. Atualmente, ocupa a 46ª posição no ranking, conforme o site Bitcoin Treasuries.
Apesar de apresentar uma queda de aproximadamente 17% nos últimos cinco pregões, as ações da Méliuz (CASH3) registraram um forte aumento de 111% em 2025 até o dia 6 de agosto. Grande parte desse desempenho é atribuído a esse novo modelo de compra de Bitcoin.
Fonte: Portal do Bitcoin