Ações do Ibovespa B3 com Maiores Dividendos Pagos em 2025 até o Momento

Para muitos indivíduos, os proventos são uma parte significativa da estratégia de aplicação em papéis, seja para reinvestir ou para aqueles que desejam obter uma renda passiva. Para esses investidores, é fundamental descobrir empresas distribuidoras de rendimentos que impulsionem seus investimentos. 

A fim de localizar as ações que oferecem bons proventos, uma das abordagens é analisar o Yield de Dividendos (YD) — uma expressão em inglês que, literalmente traduzida, denota rendimento dos proventos. Isso é um índice desenvolvido para mensurar a rentabilidade dos proventos de uma companhia em relação ao valor de suas ações. 

Uma pesquisa realizada pela Elos Ayta Consultoria destacou as 15 ações com os maiores Yield de Dividendos (YD) em 2025, até o momento. Confira! 

As 15 ações com maiores rendimentos de dividendos em 2025 – até 13 de maio 

No levantamento, a ação da Direcional (DIRR3) foi a que obteve a maior distribuição de dividendos com um YD de 12,29% até a data da pesquisa, em 14 de julho de 2025. As duas primeiras posições são ocupadas por ações do segmento de energia, o papel ISAE4, da ISA Energia, e a ação da Cemig (CMEIG4), que registraram 10,26% e 9,51% de yield de dividendos, respectivamente. 

Segundo Caroline Sanchez, especialista da Levante Inside Corp, o motivo para estar entre as melhores do ano está fortemente relacionado ao ótimo desempenho operacional da companhia, com destaque para a Riva, que é a linha de construções de médio padrão da Direcional.

“A Riva tem demonstrado um ótimo desempenho, com um crescimento significativo, e tem contribuído para impulsionar as vendas da empresa. A VSO (velocidade de vendas) também se manteve forte, indicando uma demanda consistente, diferente de outras empresas do mesmo segmento no mesmo período. A geração de caixa também ajudou, com a venda de participações e recebíveis, embora o fluxo de caixa operacional ainda necessite de mais estabilidade”, declara Sanchez.

O setor de energia é considerado um dos mais robustos em termos de distribuição de dividendos, e aparece mais uma vez entre os 15 primeiros, com as ações da CPFL Energia (CPFE3), classificando-se como a quarta empresa que mais distribuiu proventos por YD. 

De acordo com Leonardo Andreoli, especialista em investimentos da Hike Capital, o segmento de energia no Brasil é conhecido por sua estabilidade e previsibilidade de receitas, graças à natureza regulamentada do mercado e à demanda contínua por eletricidade. 

“As companhias se beneficiam de contratos de longo prazo e ajustes tarifários que garantem um fluxo de caixa constante, possibilitando a distribuição regular de dividendos aos acionistas. Além disso, políticas de distribuição agressivas e investimentos controlados contribuem para manter níveis elevados de YD”, ressalta Andreoli. 

+ Yield de Dividendos: definição e cálculo

As 15 ações com maiores rendimentos de dividendos em 12 meses – até 13 de maio

De acordo com o levantamento em 12 meses, excluindo a sazonalidade (variação por diferentes estratégias e prazos de distribuição em menos de um ano), a liderança do ranking é da Marfrig. 

Do segmento de carnes e derivados, a ação MRFG3 possui um yield de dividendos de 23,11%, sendo seguida pela Cemig (CMIG4), que apresenta 17,92% no período de um ano. A CSN Mineração (CMIN3) encerra o top 3 com 15,15% no indicador de retorno de dividendos. 

O especialista da Hike Capital menciona que, em relação à Marfrig, o desempenho se deve a lucros excepcionais impulsionados por fatores como a valorização da moeda estrangeira, aumento das exportações e preços favoráveis das mercadorias de carne. “Esses resultados possibilitaram distribuições de dividendos acima da média histórica”. 

No entanto, ele e o analista da Levante Inside Corp, João Abdouni, alertam que, por serem empresas de setores mais sujeitos a ciclos econômicos, um alto valor de YD pode não ser mantido a longo prazo, pois depende muito das condições de mercado. 

Petrobras

Outro destaque é a Petrobras, que figura com suas ações PETR4 e PETR3 em quarto e quinto no ranking, com yields de dividendos de 14,62% e 13,64%, respectivamente. Mesmo com um bom desempenho, a empresa não alcança o primeiro lugar, o que se tornou comum nos últimos anos.

De acordo com Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, não houve alterações na política de dividendos, que continua a ser de distribuir 45% do Fluxo de Caixa Livre (FCL). “O que aconteceu foi que a desvalorização do petróleo impactou o FCL, e com um FCL inferior, a mesma fórmula resulta em um valor menor para os dividendos”, completa.

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