O secretário da Fazenda, Roberto Haddad, considerou de “excelente” a afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que está disponível para receber uma chamada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao deixar o ministério, na noite desta sexta-feira (1º), Haddad afirmou que o governo brasileiro também está aberto a dialogar com o líder norte-americano.
“Acho excelente [a declaração de Trump]. E a correspondência, tenho certeza que é genuína. Como mencionei anteriormente, é muito significativo nos prepararmos para essa conversa”, expressou Haddad.
Conforme o ministro, a reunião marcada para a próxima semana com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, ainda não teve sua data estabelecida.
Haddad, contudo, frisou que o encontro é essencial para preparar a conversa entre Lula e Trump e reiterou que o Brasil permaneceu na mesa de negociações desde sempre.
“Ainda não foi agendada. Entendo que a reunião [comigo] com Bessent é de suma importância. Compreendemos que as relações comerciais não devem ser comprometidas por questões políticas. Estamos trabalhando no sentido de nos aproximarmos, restabelecermos a mesa de negociação, talvez realizar um encontro presencial”, declarou Haddad.
Haddad alegou que, além de discutir as negociações sobre o aumento de 50% sobre produtos brasileiros, o diálogo com Bessent ajudará a esclarecer alguns aspectos relacionados à Lei Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos para impor sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“A reunião é muito relevante porque, entre outros pontos, a lei que trata sobre contas bancárias de autoridades está sob a responsabilidade do secretário do Tesouro. Por essa razão, vale a pena essa conversa com Bessent antes para esclarecermos como funciona o sistema judicial brasileiro. Há muita desinformação circulando sobre esse assunto”, acrescentou Haddad.
Anteriormente, na Casa Branca, Trump afirmou que o presidente Lula pode telefonar para ele “a qualquer momento”. Trump também expressou seu amor pelo povo do Brasil, embora tenha declarado que “as pessoas no comando do Brasil tomaram a decisão errada”. Ele não anunciou medidas.
Fonte: Agência Brasil