O Ministério da Economia rebaixou sua previsão tanto para o Produto Interno Bruto (PIB) quanto para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025. Segundo o Relatório Econômico, elaborado pela Secretaria de Política Monetária (SPM), divulgado nesta quinta-feira, 13, a economia deve ter um crescimento de 2,2% este ano, ligeiramente abaixo dos 2,3% estimados em outubro.
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Para 2026, a estimativa de crescimento permanece em 2,4%, refletindo desaceleração da atividade agropecuária, mas maior expansão da indústria e dos serviços em comparação com 2025, conforme informações do ministério.

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 4,8% para 4,6%. Apesar da queda, o índice ainda está acima da meta, que é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou entre 1,5% e 4,5% ao ano.
Para o próximo ano, a previsão também teve uma pequena redução, de 3,6% para 3,5%, chegando a 3,2% no segundo trimestre de 2027, um ponto importante da política monetária. Para o INPC de 2025, a projeção da inflação caiu de 4,7% para 4,5%, enquanto para o IGP-DI, diminuiu de 2,6% para 1,4%.
Contexto de incertezas
O Relatório também leva em consideração, nas estimativas, o contexto de incertezas comerciais e geopolíticas que têm impactado o crescimento global como um todo.
No Brasil, por exemplo, indicadores apontam que a atividade continuou desacelerando no terceiro trimestre. “Esta desaceleração já era prevista, refletindo efeitos defasados e acumulativos da política monetária restritiva em vigor. Na comparação trimestral, os empréstimos reais desestacionalizados já apresentaram contração em setembro e, no mercado de trabalho, observa-se queda na população empregada e desaceleração no ritmo de crescimento dos salários, embora a taxa de desemprego continue historicamente baixa”.
As tarifas impostas pelo governo norte-americano estão afetando diferentes economias ao redor do mundo, avalia o documento, destacando uma redução na demanda por exportações e investimentos. Apesar disso, o governo considera que a atividade econômica nos Estados Unidos tem surpreendido positivamente, refletindo a expansão do consumo doméstico e de setores ligados à inteligência artificial, apesar da menor dinâmica no mercado de trabalho.
*Texto original publicado em IstoÉ Dinheiro, veículo parceiro da B3 Bora Investir
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Fonte: Bora investir

