O governante Luiz Inácio Lula da Silva foi apresentado nesta segunda-feira (28) com o plano de reserva para auxiliar empresas afetadas pela sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros determinada pelos Estados Unidos, declarou à noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele reafirmou que o Brasil não tem a intenção de sair da mesa de negociações e manterá o enfoque no diálogo para tentar reverter a medida.
Elaborado pelos Ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; das Relações Exteriores; e pela Casa Civil, o plano de reserva está agora em avaliação por Lula, que tomará uma decisão, caso os Estados Unidos não posterguem a implantação da sobretaxa, marcada para a próxima sexta-feira (1º).
“Hoje analisamos isso. Já estamos cientes dos possíveis desenlaces o presidente [Lula]. Ainda não foi feita nenhuma determinação, pois sequer sabemos qual caminho os Estados Unidos seguirão em 1º de julho. O relevante é que o presidente tem consigo todas as possibilidades que foram delineadas pelos quatro ministérios”, comunicou Haddad, sem adiantar detalhes sobre o plano de auxílio.
Apesar da exposição do plano de reserva, Haddad esclareceu que a preferência do governo brasileiro é manter o diálogo com os Estados Unidos. Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reportou que o governo brasileiro está em tratativas “com reserva” com o governo estadunidense.
“Combinamos de apresentar ao presidente [Lula] o plano de reserva com todas as alternativas disponíveis ao Brasil e à sua gestão na Presidência da República. O foco permanece nas negociações”, declarou Haddad, em declarações aos jornalistas ao sair do ministério na noite desta segunda-feira.
O ministro da Fazenda mencionou que Alckmin mantém “contato contínuo e à disposição permanente” das autoridades estadunidenses. “A orientação do presidente é negociar e tentar evitar decisões unilaterais, porém, independentemente do rumo que o governo dos Estados Unidos venha a tomar, estamos abertos ao diálogo”, reiterou Haddad.
Fonte: Agência Brasil