O informe de setembro do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), a derradeira divulgação feita pela entidade, exibe que o fundo possuía ativos avaliados em ligeiramente mais de R$ 161,1 bilhões. Dentro desse montante, apenas 5% são ativos de longo prazo (passíveis de realização em mais de 12 meses), distribuídos entre aplicações financeiras, títulos e créditos a receber, bem como outros bens mantidos para venda.
O que ocorre com os detentores de CDB do Banco Master após a liquidação? Como participar da fila do FGC?
A maior parte dos ativos do FGC (R$ 153,7 bilhões) tem características de curto prazo, ou seja, disponibilidade para uso praticamente imediato em situações de urgência, como no auxílio aos investidores do Banco Master. Dentro desse total, R$ 148,13 bilhões estão alocados em títulos públicos (R$ 58,6 bilhões) e em operações compromissadas (R$ 89,5 bilhões). Os outros R$ 5,7 bilhões estão investidos em Letras Financeiras e CDBs, além de cotas em fundos exclusivos.
As operações compromissadas constituem investimentos de renda fixa a curto prazo, nos quais a instituição financeira vendedora se compromete a recomprar o ativo vendido em um prazo determinado, oferecendo uma taxa de juros. No caso do FGC, as operações compromissadas têm liquidez diária, sem desconto em seu valor, caso haja a necessidade de revender o título ao emissor antes do prazo estipulado.
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No que refere a títulos, historicamente, o FGC tem investido nas Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e nas Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B). O fundo também tem destinado recursos aos CVS, que representam títulos emitidos pelo Tesouro Nacional para lastrear créditos do sistema financeiro contra o Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS).
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Caso Master
Diante da intervenção extrajudicial do Banco Central no Banco Master, as estimativas apontam que o déficit deixado pelo banco será de um montante próximo a R$ 41 bilhões. Esse será o maior ressarcimento a um banco desde a fundação do FGC há 30 anos.
Ainda assim, diante do perfil dos investimentos do FGC, os recursos disponíveis do fundo são mais do que suficientes para cobrir até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Estão cobertos pela proteção do FGC depósitos à vista, de poupança ou a prazo, bem como investimentos em letras de câmbio, letras hipotecárias, letras de crédito imobiliário, letras de crédito do agronegócio, letras de crédito de desenvolvimento e operações compromissadas.
O que é o FGC?
O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) é uma associação privada sem finalidades lucrativas, que tem por objetivo assegurar e garantir estabilidade ao sistema financeiro nacional. Quando o Banco Central (BC) decreta intervenção ou liquidação extrajudicial de um dos associados do FGC ou reconhece a insolvência de um banco, os recursos do fundo são utilizados para compensar os clientes desse banco, seguindo determinados critérios.
São consideradas associadas ao FGC a Caixa Econômica Federal, os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em pleno funcionamento no País.
*Artigo originalmente veiculado em IstoÉ Dinheiro, portal parceiro de B3 Bora Investir
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Fonte: Bora investir

